SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS EM FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS.
Os termos liberação prolongada, lenta ou sustentada são aplicados às formas farmacêuticas desenvolvidas para liberarem o fármaco gradualmente, mantendo a concentração plasmática em níveis terapêuticos por período de tempo prolongado, com a vantagem de requerem administrações menos frequentes se comparadas às convencionais, aumentando a adesão do paciente ao tratamento.
Os termos liberação prolongada, lenta ou sustentada são aplicados às formas farmacêuticas desenvolvidas para liberarem o fármaco gradualmente, mantendo a concentração plasmática em níveis terapêuticos por período de tempo prolongado, com a vantagem de requerem administrações menos frequentes se comparadas às convencionais, aumentando a adesão do paciente ao tratamento.
Também reduzem
as oscilações na concentração sanguínea do fármaco, evitando níveis
sub-terapêuticos ou tóxicos).
Uma maior
quantidade de formas farmacêuticas sólidas (pós, granulados, comprimidos,
comprimidos revestidos e cápsulas) estão disponíveis no mercado e destinam-se a
liberar o fármaco no organismo de modo que ele seja absorvido rapidamente e
completamente, enquanto, uma menor quantidade de outras formas farmacêuticas
sólidas deve liberar o fármaco lentamente para que a ação farmacológica seja
prolongada.
As formas
farmacêuticas sólidas que liberam o fármaco lentamente para que a ação
farmacológica seja prolongada, apresentam diferentes classificações conforme a
tecnologia utilizada em seu desenvolvimento e fabricação: liberação
sustentada, liberação controlada, liberação prolongada (estendida), liberação
programada, liberação por tempo ou a liberação contínua, retardada e entérica.
Liberação
prolongada, significa a liberação do fármaco a partir
de uma forma farmacêutica ou um sistema de liberação durante um período
prolongado.
“Sistema de
liberação do fármaco”, refere-se a tecnologia utilizada para levar o medicamento
a um local determinado no organismo onde o fármaco deve ser liberado e
absorvido (seringa, sistemas transdérmicos)
Liberação
controlada, significa que a velocidade de liberação do
fármaco é controlada com a maior precisão do que a liberação prolongada.
Vantagens do controle de liberação dos fármacos:
a) Redução das flutuações da
concentração do fármaco.
b) Redução na frequência da dose
e maior conveniência e cooperação do paciente (maior adesão):
Liberam mais de uma dose do medicamento em um
determinado intervalo de tempo, sendo assim são ingeridos com menor frequência.
Exemplo: ao invés de ingerir dois comprimidos
ingere apenas um. Os pacientes que ingerem uma a duas unidades por dia de
comprimidos de ação prolongada tem menor probabilidade de esquecer de ingerir
do que quando ingerem o medicamento três a quatro vezes por dia.
É mais fácil para o paciente com doenças
crônicas que ingere medicação diurna e noturnamente, pois os números de doses
são reduzidos, e não é necessário tomar uma dose do medicamento no meio da
noite.
c) Redução dos efeitos
colaterais:
Se o processo de obtenção da liberação foi
devidamente controlado lote a lote, raramente ocorrerá picos de concentração do
fármaco no sangue superiores a variação terapêutica do medicamento, e também na
variação tóxica. Os efeitos colaterais são verificados com menor frequência.
d) Custo/benefício:
O
custo inicial é mais elevado do que as formas farmacêuticas de liberação
imediata.
O benefício é que o custo médio do tratamento
em períodos prolongados pode ser reduzido.
Com a menor frequência das doses, o benefício
terapêutico ampliado com reduzidos efeitos colaterais, o tempo dispensado pelos
profissionais de saúde no atendimento, administração e monitorização dos
pacientes fica reduzido.
Muitas doenças como por exemplo a tuberculose
poderão ser diminuídas devido a maior adesão pelo paciente ao tratamento.
Algumas formas farmacêuticas sólidas orais
liberam sequencialmente duas doses completas em uma única unidade medicamentosa
possibilitando que o paciente fique sob a ação do medicamento por períodos
maiores quando comparado a forma convencional de uma única dose.
São chamados
de comprimidos ou cápsulas de ação repetitiva.
A fabricação de formas farmacêuticas sólidas
orais de ação prolongada, requer uma tecnologia rígida no que se refere ao
controle de liberação do fármaco, não pode existir falhas pois caso ocorram se
transformam em grande risco a saúde.
A maioria das formas farmacêuticas de
liberação prolongada são desenvolvidas e fabricadas de tal forma que a
administração de uma só unidade de dose libere imediatamente uma quantidade de
fármaco que prontamente produz o efeito terapêutico desejado, e em sequência a
liberação gradual e contínua de quantidades adicionais de fármaco para manter o
nível de efeito terapêutico durante o período prolongado definido, em geral 8 a
12 horas.
Durante o desenvolvimento de formas
farmacêuticas sólidas orais de ação prolongada deve ser realizado um
planejamento baseado nas características físicas, químicas e biológicas de cada
fármaco, pois para manter o nível de fármaco constante no organismo ele deve
ser liberado na velocidade que substitua a quantidade de fármaco metabolizado e
excretado, sendo que para cada fármaco esta quantidade é individualizada.
Portanto, o que pode ser uma forma
farmacêutica efetiva para um fármaco, pode não ser para outro.
Os fármacos que melhor se adaptam as formas
farmacêutica sólidas orais de ação prolongada têm as seguintes características:
•
Não tem velocidades muito
lentas nem muito rápidas de absorção e excreção: Se a velocidade for lenta não necessita ser de ação
prolongada, se a velocidade for rápida as doses devem ser grandes, isto é
inaceitável.
•
São uniformemente absorvidos
no trato gastrointestinal: não ocorre flutuação na
liberação e absorção no trato gastro-intestinal.
•
São administrados em doses
relativamente pequenas:
Se as doses
únicas forem grandes a dose unitária para manter o nível terapêutico no sangue
teria que ser muito grande e provavelmente o paciente não conseguiria engolir a
forma farmacêutica.
•
São usados no tratamento das
condições crônicas:
Exigem menor controle clínico da dose do que
os exigidos para os medicamentos de condições agudas.
Diversas tecnologias podem ser empregadas
para promover a liberação gradual de um fármaco veiculado em uma forma
farmacêutica sólida oral, e seleção do método mais adequado depende de fatores
como custo, perfil de liberação desejado, propriedades do fármaco, excipientes
e outros.
As tecnologias utilizadas na obtenção de
formas farmacêuticas sólidas orais de liberação prolongada e aspectos
tecnológicos e biofarmacotécnicos são:
- Sistemas monolíticos
- Sistemas multiparticulados.
Nos sistemas monolíticos, a unidade
funcional de liberação é única (formas farmacêuticas: grânulos, microgrânulos,
pelletes comprimidos e cápsulas) e a dose não está dividida, isto é, ela faz
parte de uma unidade.
Os sistemas multiparticulados contêm o
fármaco dividido em várias subunidades funcionais de liberação, que podem ser
as formas farmacêuticas: grânulos, pelletes (aglomerados de partículas sólidas
com formato esférico) ou mini comprimidos (comprimidos com diâmetro inferior a
3 mm), essas subunidades, são veiculadas em cápsulas gelatinosas duras e em
comprimidos (nesse caso, as subunidades são misturadas a excipientes e
submetidas à compressão), que desintegram rapidamente após a administração,
liberando as mesmas no trato gastrointestinal.
Existe grande interesse nos sistemas
multiparticuladas, devido as vantagens tecnológicas e farmacológicas que
apresentam sobre as monolíticas, como segue:
- O revestimento permite a modulação (regular
a liberação), proteção (isolamento) de fármacos incompatíveis, coloração
elegante dos grânulos, microgrânulos e mini comprimidos e tornando fácil a
identificação e a obtenção de dosagens diferentes para o mesmo produto.
As
diferentes dosagens são obtidas apenas pela modificação da proporção existentes
entre as partículas com e sem fármaco, não havendo necessidade de se proceder
alterações na fórmula.
Obtenção de sistemas multiparticulados : As subunidades da forma farmacêutica multiparticuladas
apresentam diferentes tamanhos e formas e podem ser produzidas por uma variedade
de processos, dentre os quais podem ser destacados a granulação e o
revestimento em leito fluidizado, a extrusão/esferonização e a compressão.
Vantagens:
- Menor risco de irritação da
mucosa do trato gastro-intestinal: As formas
farmacêuticas dispersam-se ao longo do trato gastro-intestinal evitando a
liberação concentrada do fármaco em uma pequena área, reduzindo também o risco
de lesão da mucosa por fármacos irritantes.
- Menor risco de “dose dumping”: menor probabilidade de ocorrência de
liberação rápida do fármaco a partir de uma forma farmacêutica sólida oral de
liberação prolongada, em função de um defeito que pode ocorrer no medicamento,
por exemplo, em decorrência do rompimento de um revestimento de um comprimido
gastroresistente.
Nos sistemas multiparticulados, a
possibilidade de haver esse tipo de falha é muito baixa, uma vez que a dose se
encontra dividida em muitas subunidades e é bastante improvável que o defeito
ocorra em todas elas, causando uma liberação significativamente maior que a
desejada, mas tal fato não justifica a falta de homogeneidade e controles
durante o revestimento nas subunidades.
Tecnologias: As tecnologias disponíveis para
sustentar a liberação de fármacos a partir de formas farmacêuticas sólidas de
liberação oral, são os sistemas matriciais e reservatório ou osmóticos.
Independente do sistema e do tipo de forma
farmacêutica, o uso de excipientes específicos se faz necessário. Esses
excipientes são específicos e geralmente são polímeros com características e
propriedades especiais, tais como: capacidade de formação de estruturas
(matrizes ou membranas) microporosas/semipermeáveis, capacidade de
intumescimento (expansão) em contato com a água e capacidade de complexação com
fármacos.
Exemplos :
a) Matrizes com excipientes
hidrofílicos: Hipromelose,
hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose, goma xantana, alginato de sódio,
polióxido de etileno, copolímeros do ácido acrílico.
b) Matrizes com excipientes insolúveis
(hidrofóbicos ou inertes): Cera de carnaúba, cera de
abelha, parafina, polietileno, etilcelulose, cloreto de polivinila, copolímero
do metacrilato de amônio.
c) Reservatório: Copolímero de metilmetacrilato, copolímero de etilacrilato,
copolímero de metacrilato de amônio, etilcelulose.
d) Bomba Osmótica: Acetato de celulose, poliuretano, etilcelulose, peróxido de
etileno.
Tecnologias utilizadas para
prolongar a liberação de fármacos:
Sistemas
matriciais:
As matrizes são soluções ou dispersões de um
fármaco em uma ou mais substâncias capazes de modular (regular) a sua
liberação, geralmente polímeros de natureza hidrofílica ou inerte.
Essas
matrizes podem ser elaboradas sob as formas farmacêuticas de comprimidos,
cápsulas, grânulos, pellets ou mini comprimidos.
Nos sistemas matriciais, a liberação do
fármaco pode envolver processos de intumescimento do polímero, difusão e
erosão da matriz. Em alguns casos, o fármaco pode estar ligado quimicamente
à cadeia polimérica e ser liberado pela quebra hidrolítica ou enzimática dessa
ligação.
Nas matrizes hidrofílicas,
a liberação é regulada pelos processos de intumescimento, difusão e erosão.
Um ou mais desses processos podem regular a
liberação em uma mesma forma farmacêutica sólida oral, dependendo do tipo de
polímero empregado e das propriedades físico-químicas do fármaco.
Quando a forma farmacêutica entra em contato
com os fluidos gastrintestinais, o polímero na sua superfície é hidratado e
intumesce, formando uma camada gelificada. A camada gelificada é posteriormente
dissolvida, promovendo a erosão do comprimido. Outras camadas de gel são
formadas e dissolvidas sucessivamente na superfície da forma farmacêutica.
O
fármaco é liberado por difusão através dessas camadas gelificadas e/ou erosão
da matriz.
Nas matrizes insolúveis, constituídas
por ceras (matrizes hidrofóbicas) ou polímeros insolúveis em água (matrizes
inertes), o fármaco é liberado essencialmente por difusão (para matrizes
hidrofóbicas, pode haver um mecanismo de erosão associado).
Em
decorrência de sua insolubilidade, a matriz ou parte dela pode ser eliminada
nas fezes, mas isso não significa que não houve liberação total do fármaco no
tratogastro-intestinal.
Sistemas reservatório e
Hidrocoloidal:
Nestes
sistemas, um reservatório (núcleo) contendo o fármaco é revestido por uma
membrana polimérica. O núcleo pode ser um comprimido, um grânulo, um pellet ou
um mini comprimido. O fármaco é liberado por difusão através da membrana de
revestimento, que pode ser microporosa ou não.
Quando
uma membrana não porosa é utilizada, a liberação é governada pela difusão da
substância ativa através do polímero e, assim, pode ser modulada pela seleção
de um polímero no qual ela apresente a difusividade adequada. No caso de
membranas microporosas, a difusão do fármaco no meio que estiver preenchendo os
poros (fluidos gastro-intestinais) determinará o processo de liberação.
Outra forma de se obter liberação prolongada
mediante o uso de um sistema de reservatório neste caso pode chamar-se também
de sistema hidrocoloidal é preparar uma forma farmacêutica solida oral que
contenha camadas alternadas de ativo e de um polímero hidrossolúvel.
O fármaco será liberado gradualmente à medida
que cada camada de polímero dissolver, sendo que a velocidade do processo
estará condicionada pela velocidade de dissolução do filme polimérico e
dependerá da sua espessura e do tipo de polímero empregado.
Bombas osmóticas: São sistemas que utilizam pressão osmótica para modular (regular)
a liberação do fármaco.
A forma farmacêutica é constituída por um
núcleo (comprimido, cápsula gelatinosa dura ou mole) revestido com uma membrana
semipermeável, é uma bomba osmótica composta por um núcleo (comprimido) e um
revestimento semipermeável que possui um orifício feito a laser para a saída do
fármaco.
O comprimido revestido funciona sob os
princípios da pressão osmótica, o núcleo contém um agente osmótico, que pode
ser o fármaco ou outro material, a membrana semipermeável permite a entrada do
fluido gastro-intestinal dissolvendo o fármaco.
O Orós é um sistema oral sofisticado de
liberação de fármacos, funciona como uma bomba osmótica no qual a velocidade de
liberação pode ser controlada alterando-se a área superficial, a espessura ou a
natureza da membrana e/ou alterando-se o diâmetro do orifício de
liberação.
Alguns sistemas osmóticos possuem dois
compartimentos: um contém o fármaco e outro um polímero hidrofílico (agente
osmótico). Quando o solvente penetra na forma farmacêutica, o polímero é
hidratado e intumesce, impulsionando o fármaco junto com o solvente para fora,
através do orifício no revestimento. Esses sistemas são chamados de sistema
osmótico ORÓS “pushpull”.
O sistema Modas ( Multidirectional Osmotic
Drug Absorption Sistem(Sistema Multidirecional de Absorção Osmótica de
Fármacos) é um dispositivo osmótico que libera o fármaco solubilizado através
de uma membrana permeável fixa, projetada de modo a admitir umidade e excretar
o fármaco solúvel através da mesma membrana em pressão constante. O fármaco sai
por toda área superficial do comprimido em velocidade constante.
Formas farmacêuticas sólidas
orais de Ação Repetitiva:
Alguns comprimidos permitem a liberação de
duas doses de fármaco com a ingestão de um único comprimido, eliminando a
administração mais frequente.
Eles são preparados de modo a liberar uma
dose inicial do fármaco pela superfície do comprimido e uma segunda dose a
partir de um núcleo interno isolado da camada externa por uma barreira de
revestimento de permeabilidade lenta. Em geral, a barreira de revestimento é
penetrada e o fármaco do núcleo é exposto aos fluidos do trato gastrointestinal
mais ou menos 4 a 6 horas após a deglutição do comprimido.
Como ocorre com as formas farmacêuticas de
ação prolongada as formas de ação repetitiva são mais adequadas para os
fármacos de baixa dosagem empregados nas condições crônicas e para os que têm
padrões regulares de absorção com altas velocidades de absorção e excreção.
Formas farmacêuticas solidas
orais de Ação Tardia (Retardada)
A liberação do fármaco da forma farmacêutica
pode ser retardada, por alguns motivos, até que atinja o meio intestinal, entre
eles o fármaco:
- Pode ser destruído pelo meio ácido do suco
gástrico.
- Ser irritante ao revestimento estomacal, ou
causar náuseas.
- Ser melhor absorvido no intestino do que no
estômago.
As formas farmacêuticas solidas orais com
revestimentos que não desintegram no estômago, mas que desintegram no intestino
são denominados gastroresistentes, ou com revestimento entérico.
O revestimento pode ser composto por um
material que resiste a ação do suco gástrico, depende do pH do meio intestinal
para se romper ou de material que devido à umidade sofre erosão no tempo
necessário para que a forma farmacêutica sólida oral atinja os intestinos.
Outros tipos de revestimento podem ser
rompidos devido a ação hidrolítica de certas enzimas intestinais.
Formas farmacêuticas solidas orais
de liberação programada com formação de complexos:
Certos fármacos solúveis no trato
gastrointestinal associados a substâncias químicas formando complexos que
dependendo do pH dos fluídos gastrointestinais diminui a solubilidade
promovendo sua liberação programada.
Temos ainda outras formas
farmacêuticas solidas orais de liberação programada como resinas com permuta de
íons e lipossomas.
Podemos chamar as formas farmacêuticas
sólidas orais de ação prolongada de formas farmacêuticas especiais devido a
tecnologia sofisticada envolvida.
No seu desenvolvimento estas requerem um
minucioso planejamento no desenho da fórmula e escolha dos processos de
obtenção, qualificação dos processos e validação do produto, fabricação,
embalagem transporte e estocagem, as vantagens, desvantagens, custos de
materiais e fabricação devem ser levados em conta, tudo deve ser contabilizado
para uma acertada decisão e garantir a qualidade, segurança e eficácia do
medicamento.
Nas embalagens de distribuição das formas
farmacêuticas sólidas de orais de ação prolongada existentes no mercado constam
as siglas (XR, SR, AP, CR, etc) que são colocadas logo após seus nomes
comerciais ou genéricos. Na minha opinião deveriam padronizar estas siglas para
o tipo de ação prolongada.
Recomendo aos farmacêuticos que atuam em
farmácias de dispensação para quando observarem na prescrição médica estas
siglas, que procurem ler a bula para melhor orientar o paciente, além de
alertá-lo de que todas as apresentações referentes à liberação prolongada ou
retardada não podem ser mastigadas ou esmagadas, dissolvidas ou divididas pois
sua estrutura de liberação será destruída e sua finalidade completamente
perdida.
Exemplo: comprimidos revestidos no qual o revestimento tem a função de
proteger do suco gástrico, ou garantir sua liberação controlada, nunca devem
ser partidos ao meio.
Exemplos de Formas Farmacêuticas de ação
prolongada:
•
Anafranil® SR Novartis Cloridrato
de clomipramina 75 mg Comprimidos
A dose diária de 75 mg, administrada tanto
como 1 drágea de Anafranil® 25 mg três vezes ao dia, ou como 1
comprimido de Anafranil® SR 75 mg uma vez ao dia, produz concentrações
plasmáticas do estado de equilíbrio (steadystate) entre 20 a 175 ng/mL.
•
Adalat® Retard Bayer Nifedipino
10 e 20 mg Comprimidos, liberação retardada. O nifedipino é absorvido
rapidamente e quase completamente após administração oral. A disponibilidade
sistêmica de nifedipino administrado oralmente é de 45 – 56%, devido ao efeito
de primeira passagem. Atingem-se as concentrações séricas e plasmáticas
máximas em 1,5 a 4,2 h com Adalat® retard 20 mg.
•
Adalat® Oros Bayer Nifedipino 20, 30 e 60 mg
comprimidos.
•
Biofenac® LP Aché Diclofenaco
sódico 100 mg Cápsulas contendo microgrânulos .
A ação de Biofenac LP inicia-se
aproximadamente meia hora após sua ingestão, prolongando-se por 24 horas,
graças ao sistema de cápsulas com microgrânulo de liberação programada (LP).
BIOFENAC LP é particularmente adequado para pacientes cujo quadro
clínico necessite de doses diárias de 100 mg. A possibilidade de prescrever o
medicamento em dose única diária simplifica consideravelmente o tratamento em
longo prazo e ajuda a evitar a possibilidade de erros na dosagem.
•
Cardizem® CD Boehringer Ingelheim
Cloridrato de diltiazem 180 e 240 mg Cápsulas contendo microgranulos.
A vantagem de CARDIZEM CD em relação aos
medicamentos semelhantes é que seu efeito ocorre de forma gradual e isso o
torna mais bem tolerado. O efeito se inicia cerca de 3 horas após ser tomado.
•
Diamicron® MR Servier Gliclazida
30 mg Comprimidos Propriedades Farmacocinética: Após a administração de
DIAMICRON MR, as concentrações plasmáticas aumentam progressivamente até a 6ª
hora, evoluindo para a forma de platô entre a 6ª e a 12ª hora. A meia-vida de
eliminação da gliclazida é de aproximadamente 16 horas (entre 12 e 20 horas).
A
tomada única diária de DIAMICRON MR permite a manutenção de uma concentração
plasmática eficaz da gliclazida durante 24 horas.
•
Lescol® XL Novartis Fluvastatina
sódica 80 mg Comprimido
Farmacocinética:
Absorção: A
fluvastatina é absorvida rápida e completamente (98%) após administração oral
de uma solução em voluntários em jejum. Após a administração oral de LESCOL XL,
e em comparação com as cápsulas, a proporção da taxa de absorção da
fluvastatina é quase 60% mais lenta, enquanto o tempo médio da permanência
da fluvastatina é aumentado em aproximadamente 4 horas. Em indivíduos
alimentados, o fármaco é absorvido em velocidade reduzida.
•
Efexor® XR Wyeth Cloridrato de
venlafaxina 75 ou 150 mg Cápsulas contendo microgranulos, Tempo estimado para
início da ação terapêutica de é de 3 a 4 dias, liberação controlada.
Flodin® Duo
Zodiac Diclofenaco sódico 150 mg Comprimidos
Biodisponibilidade:
Libera-se rapidamente 25 mg do princípio ativo no estômago enquanto que os 125 mg restantes são liberados de forma contínua na passagem intestinal e reabsorvidos no duodeno. Inicialmente chega-se a uma rápida concentração plasmática da substância ativa (Tmáx aproximadamente de 1 hora) com o qual, com aproximadamente 300 ng/mL não se alcança valores de Cmáx extraordinariamente elevados. No entanto, a formulação especial permite alcançar níveis de ação terapêutica ao redor de 100 ng/mL mesmo depois de 24 horas.
Libera-se rapidamente 25 mg do princípio ativo no estômago enquanto que os 125 mg restantes são liberados de forma contínua na passagem intestinal e reabsorvidos no duodeno. Inicialmente chega-se a uma rápida concentração plasmática da substância ativa (Tmáx aproximadamente de 1 hora) com o qual, com aproximadamente 300 ng/mL não se alcança valores de Cmáx extraordinariamente elevados. No entanto, a formulação especial permite alcançar níveis de ação terapêutica ao redor de 100 ng/mL mesmo depois de 24 horas.
•
Polaramine Reptabs,
Schering-Plough Maleato de dexclorfeniramina 6 mg Drágeas
Cada drágea de POLARAMINE Repetabs contém 6
mg de maleato de dexclorfeniramina, distribuído em duas camadas: 3 mg na camada
externa, e rápida absorção e pronto efeito,
e 3 mg no núcleo central para prolongamento e manutenção da ação.
•
Tegretol® CR Divitabs Novartis
Carbamazepina 200 e 400 mg Comprimidos.
Ao se
administrar os comprimidos de Tegretol CR DIVITABS, unitária e
repetidamente, estes apresentam picos de concentração da substância ativa
25% mais baixo no plasma do que os comprimidos convencionais, sendo que
estes picos são atingidos em 24 horas. Os comprimidos CR DIVITABS promovem
redução do índice de flutuação estatisticamente significativa, mas não uma
redução significativa na Cmín no steady-state (estado de equilíbrio).
A flutuação das concentrações plasmáticas com um regime posológico de duas administrações diárias é baixa. A biodisponibilidade para os comprimidos CR DIVITABS é cerca de 15% mais baixa do que a de outras formas farmacêuticas orais.
A flutuação das concentrações plasmáticas com um regime posológico de duas administrações diárias é baixa. A biodisponibilidade para os comprimidos CR DIVITABS é cerca de 15% mais baixa do que a de outras formas farmacêuticas orais.
•
Rebaten® LA EMS Sigma Pharma
Cloridrato de propranolol 80 e 160 mg Cápsulas contendo microgranulos.
Rebaten® LA contém
cloridrato de propranolol sob a forma de cápsulas de liberação prolongada para
administração em uma única dose diária. Deve-se tomar cuidado para assegurar a
eficácia terapêutica desejada naqueles pacientes que faziam uso de propranolol
comprimidos e estão mudando para Rebaten® LA. A relação 1mg para 1mg não deve
ser considerada quando da substituição de propranolol comprimidos para Rebaten®
LA.
Rebaten® LA apresenta características
farmacocinéticas diferentes, produzindo níveis séricos mais baixos. Pode haver
necessidade de uma reavaliação da posologia de forma a garantir a eficácia
terapêutica, especialmente próxima do final do período de 24 horas.
•
Voltaren® SR 75 Novartis
Diclofenaco sódico 75 mg Comprimido
Farmacocinética
-
Absorção Baseado na recuperação na urina do diclofenaco e seus
metabólitos hidroxilados, a quantidade de diclofenaco liberada e absorvida a
partir dos comprimidos de desintegração lenta é a mesma em relação aos
comprimidos gastrorresistentes.
Entretanto, a disponibilidade sistêmica do
diclofenaco a partir dos comprimidos de desintegração lenta é, em média, cerca
de 82% da disponibilidade sistêmica atingida a partir de uma dose equivalente
na forma farmacêutica comprimidos gastrorresistentes (possivelmente devido ao
metabolismo de primeira passagem).
Como resultado da liberação mais lenta do
ativo a partir dos comprimidos de desintegração lenta, os picos de
concentrações plasmáticas atingidos são menores que os observados após
administração dos comprimidos gastrorresistentes.
Os picos médios
das concentrações plasmáticas de 0,4 mg/mL (1,25 mcmol/L) são atingidos em
média 4 horas após a ingestão de um comprimido de desintegração lenta de 75 mg.
Alimentos não têm influência clinicamente relevante na absorção
e na disponibilidade sistêmica de Voltaren® SR. Por outro lado, concentrações
plasmáticas médias de 40 nmol/L podem ser registradas 16 horas após a
administração de Voltaren® SR.
•
Voltaflex® AP EMS Sigma Pharma
Todas as
apresentações referentes à liberação prolongada não podem ser mastigadas ou
esmagadas, dissolvidas ou divididas pois sua estrutura será destruída e sua
finalidade completamente perdida. No caso de comprimidos revestidos no qual o
revestimento tem a função de proteger do suco gástrico, ou garantir sua
liberação controlada, nunca devem ser partidos ao
meio.
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